Organização criminosa que agia para influenciar eleição em João Pessoa fazia esquema 'fura fila' na Saúde, diz PF

  • 17/10/2024
(Foto: Reprodução)
Análise de conversas demonstra um esquema ilegal, elaborado para permitir que candidatos a vereadores façam indicações de pessoas com exames e consultas pendentes de marcação, diz Polícia Federal. PF investiga esquema de 'fura fila' na marcação de exames e consultas de João Pessoa Divulgação/PMM A Polícia Federal (PF) apontou que a organização criminosa suspeita de influenciar eleições em João Pessoa também atuava em um esquema ilegal na marcação de exames e consultas na Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa. De acordo com a PF, a ex-diretora de Atenção à Saúde do município, Alline Grisi, exonerada na última segunda-feira (10), explica, em conversas, como o esquema funcionava. A investigação faz parte da Operação Território Livre. O inquérito foi aberto pela PF no dia 3 de outubro, mas o g1 só teve acesso nesta quinta-feira (17). A defesa de Alline Grisi informou que ainda não teve acesso à investigação de forma oficial. "Estamos aguardando o acesso para nos manifestar", destacou. A prefeitura de João Pessoa declarou que "não reconhece nem admite qualquer iniciativa que busque interferir na regulação de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tal conduta é incompatível com o serviço público e não será aceita ou tolerada pela atual gestão". Na nota, "o prefeito destaca que, em 5 de junho deste ano, o secretário de saúde do município publicou uma portaria que criou a 'COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLOS DE REGULAÇÃO AMBULATORIAL EM SAÚDE'. A comissão tem, entre outras responsabilidades, a função de 'estabelecer critérios claros e objetivos para a regulação dos serviços de saúde ambulatorial, garantindo o acesso equitativo e oportuno da população aos serviços”. Desde então, todos os procedimentos regulados passam por análise técnica de uma comissão formada por seis médicos, que tem como objetivo garantir o acesso mais rápido a urgências e a pacientes em risco iminente de morte'". Conforme a PF, a análise de conversas demonstra uma esquema ilegal, elaborado para permitir que candidatos a vereadores façam indicações de pessoas com exames e consultas pendentes de marcação na Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, passando na frente de outras pessoas que estariam na fila regular de agendamentos. LEIA MAIS PF indicia primeira-dama de João Pessoa e filha do prefeito por integrar organização criminosa para influenciar eleição Entenda operação contra aliciamento violento de eleitores, que prendeu a vereadora e primeira-dama de João Pessoa "Essa espécie de regulação paralela de exames e consultas teria o intuito de ser moeda de troca para angariar votos e apoio político na campanha eleitoral dos candidatos apoiados pela gestão municipal atual", detalha a Polícia Federal. A Polícia Federal identificou que o esquema seria operacionalizado da seguinte forma: candidato a vereador promete resolver questões relacionadas a marcação de exames durante visita na casa dos eleitores em troca de voto e apoio político; o candidato, ou alguém de sua confiança, levaria os pedidos em um envelope até a equipe de servidores da Prefeitura Municipal de João Pessoa destacada para atender essas demandas, que seria chefiada por Alline Grisi; em seguida, esses pedidos furam a fila ordinária e são marcados de imediato. Em uma conversa de Alline Grisi com Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa, a ex-servidora encaminha um áudio, que seria de uma de suas subordinadas, para Lauremília falando sobre um candidato a vereador. Na descrição do áudio, é possível ver detalhes do funcionamento do esquema de regulação. Inicialmente, Alline Grisi informa que o áudio é de uma "menina da marcação", que, segundo a PF, seria a pessoa responsável por receber os pedidos dos vereadores e proceder a marcação dos exames. Em seguida, a PF descreve que o que motivou o envio da mensagem de áudio foi que o candidato a vereador estaria enviando demandas, ou seja, pedidos de marcação de exames e consultas pelo celular e que este não seria o meio combinado para repassar os pedidos. Na continuidade do áudio, a subordinada de Alline Grisi questiona se o candidato mencionado iria enviar os pedidos em um envelope, deixando claro que este seria o meio acertado para o envio das demandas. Em uma parte do áudio, a PF expõe que a mulher que conversava com a ex-servidora cita que não estava marcando exames apenas para o gabinete político, mas também cuidava das marcações ordinárias do município. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2024/10/17/pf-investiga-esquema-de-fura-fila-na-marcacao-de-exames-e-consultas-de-joao-pessoa.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. Acredite

André Mix

top2
2. Quem tem tem

Luciano Vianna

top3
3. Me ajuda aí

Biu do Piseiro

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes