Justiça nega pedido para transferir pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de estupros, para presídio na Paraíba

  • 13/03/2025
(Foto: Reprodução)
Pedido foi apresentado pelo advogado de defesa das vítimas do médico, que é acusado de estuprar crianças durante consultas médicas. Fernando Cunha Lima é preso e levado para a Central de Polícia, em João Pessoa Reprodução/Jornal da Paraíba O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba, negou um pedido para transferência do pediatra Fernando Cunha Lima para o presídio do Róger, em João Pessoa. No momento, ele está preso no Centro de Observação Criminológica e Triagem (COTEL), na cidade Abreu e Lima, em Pernambuco. O médico foi preso no dia 7 de março em Pernambuco, acusado de estuprar crianças durante consultas médicas. Após ser apresentado em João Pessoa, ele foi levado de volta para Pernambuco na noite do mesmo dia para passar por audiência de custódia no lugar em que foi preso. No dia 8 de março, teve a prisão mantida após passar pela audiência de custódia. O pedido foi apresentado pelo advogado de defesa das vítimas do médico. Na ação, também foi solicitado que seja negado o pedido que a defesa que Fernando Cunha Lima fez para conversão da prisão preventiva em domiciliar. Ao analisar os pedidos, o desembargador entendeu que existe igual pedido na 4ª Vara Criminal de João Pessoa e que ainda não foi apreciado pelo juiz de 1º grau, "que é competente para apreciar o pleito". A prisão do pediatra De acordo com a Polícia Civil, o médico estava morando em um bairro de classe média baixa em Pernambuco. A equipe identificou o imóvel onde ele vivia, foi até o local e a esposa do médico abriu a porta para os policiais. Nesse momento, eles já conseguiram visualizar o pediatra no sofá da residência e deram voz de prisão. Em um primeiro momento, no mês de novembro, o médico estava morando na casa da filha, no bairro Casa Forte, em Recife. Ele fugiu uma semana antes de a Polícia Civil ir até o local e realizar uma busca na residência. “Ele se deslocou para a cidade de Paulista, pulou para diversos endereços, e hoje nos revelou que estava neste endereço já fazia alguns meses. Disse que não estava tendo contato com os familiares, apenas por telefone”, afirmou o delegado da Draco, Rafael Bianchi. De acordo com a Polícia Civil, os investigadores sempre identificaram o rastro do médico na Região Metropolitana de Recife, em Pernambuco. O pediatra sempre ficava em residências e não se expunha na rua. A esposa também não foi mais vista, mas ainda se arriscava e ia até comércios. Por isso, identificaram onde o acusado estava. Ainda segundo o delegado Rafael Bianchi, o pediatra recebia apoio de pessoas de fora da família, que davam suporte logístico, como alimentação, compra de remédios, aparelho celular e chip de celular. As acusações contra o médico A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública na quinta-feira (6). A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil. Após a primeira denúncia, uma série de vítimas começaram a procurar a Polícia Civil, inclusive uma sobrinha do médico em 1991. O médico pediatra acusado de estuprar crianças, em João Pessoa, atendia a maioria das vítimas desde bebês e tinha a confiança das famílias. Fernando Paredes Cunha Lima é um pediatra famoso na capital paraibana e tinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho. O Ministério Público pediu a condenação do acusado por quatro crimes cometidos contra três crianças, uma vez que uma das vítimas foi abusada duas vezes. Porém, o número de vítimas foi recalculado. O médico responde judicialmente por estupro contra seis crianças. Em um primeiro processo, são quatro vítimas, e em um segundo, há mais duas. Com a repercussão do caso, as sobrinhas do médico também procuraram a polícia para denunciar que tinham sido abusadas por ele na infância. O pediatra tem 81 anos e cuidou de várias gerações de crianças em João Pessoa. Desde o início das investigações, a polícia e o Ministério Público estadual pediram a prisão dele em cinco ocasiões, todas negadas. Mas, em novembro de 2024, os desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiram acolher o recurso do MP de forma unânime determinando a prisão dele pela primeira vez. “A necessidade de impedir possível reiteração delitiva justifica nesse momento e sob minha ótica, a decretação da prisão preventiva, com respeito às demais entendimentos, para garantia da ordem pública”, afirmou o desembargador Ricardo Vital. Vídeos maias assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/03/13/justica-nega-pedido-para-transferir-pediatra-fernando-cunha-lima-para-presidio-na-paraiba.ghtml


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